"Entregai-vos
ao original e verdadeiro senso de beleza e nunca podereis errar, pois ele está
ligado às leis primordiais da Criação, é a expressão de um saber ainda oculto
sobre a perfeição, um indicador de caminho infalível para cada espírito, pois
unicamente todo o espiritual, nesta Criação posterior, tem a faculdade de
reconhecer, numa bem determinada maturidade, a verdadeira beleza com
consciência plena!" "(...) por toda a parte onde vosso senso de
beleza não puder vibrar alegremente, a harmonia severamente condicionada pela
lei da Criação não existe assim como deve ser. E onde falta harmonia, também
não há beleza." (Mensagem do Graal de
Abdruschin Volume III)
Com segurança podemos dizer
que este sentimento estético é inerente sim, à totalidade dos seres humanos,
como uma propriedade do espírito, encontrando-se tanto mais vivo quanto maior
for a vivacidade espiritual do respectivo ser humano, o que garante o
reconhecimento da beleza.
Admitindo que o produzir artístico nasce sempre de uma observação apurada, guiada pela vivência do artista, que tanto pode ser dirigida para os aspectos externos quanto internos de algum fator, esta produção poderá mostrar-se em formas externas diversas, mas a beleza a ela inerente advirá da sua essência e será facilmente reconhecida (sentida) com a intuição.
Admitindo que o produzir artístico nasce sempre de uma observação apurada, guiada pela vivência do artista, que tanto pode ser dirigida para os aspectos externos quanto internos de algum fator, esta produção poderá mostrar-se em formas externas diversas, mas a beleza a ela inerente advirá da sua essência e será facilmente reconhecida (sentida) com a intuição.
Este
agradar universalmente condiciona uma faculdade única de reconhecimento do belo
como um conhecimento inerente a todo os seres humanos, em todas as épocas.
Ainda
assim, seguindo nesta cansativa busca nos meandros do conhecimento intelectual,
não encontramos uma explicação definitiva sobre a beleza, nem no seu conceito
nem nas sensações que provoca, pois a verdadeira noção do belo não pode aceitar
um conceito estético determinado pelo saber humano, ditado pelo raciocínio
unilateral, pois está ligada ao conceito primevo de verdade.
Enquanto
Aristóteles considera que "(...)Um ser ou uma coisa composta de diferentes
partes só pode ter beleza na medida em que estas partes são dispostas numa
certa ordem(...)" ¹, Platão vai mais longe e afirma que "(...) A
origem de toda a beleza é uma beleza que, por sua própria presença, torna bela
as coisas que chamamos de belas, seja qual for a maneira pela qual o contato se
estabeleça.(...)" ². Só no século XVIII, em Kant (1790), quando a estética
passa a ser estudada de uma forma independente de outras questões, vamos
encontrar uma definição algo mais ampla: "(...) É belo aquilo que agrada
universalmente sem conceito.(...)"
Para compreendermos melhor o fenômeno artístico chegaremos a mais um conceito cuja compreensão
é necessária, e assim atingir uma consciência artística: a beleza.